terça-feira, dezembro 17, 2002

Como um vento na floresta
Minha emocao nao tem fim.
Nada sou, nada me resta.
Nao sei quem sou para mim.

E como entre os arvoredos
Ha' grandes sons de folhagem,
Tambem agito segredos
No fundo da minha imagem.

E o grande ruido do vento
Que as folhas cobrem de som
Despe-me do pensamento:
Sou ninguem, temo ser bom."


Fernando Pessoa.

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